O Novo Jornalista: Profissional de Marketing de Conteúdo / Jornalista de Marca

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Este artigo é o 1º de uma série.
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O novo jornalista pode ser profissional de marketing de conteúdo, jornalista de marca, de dados, empreendedor… No novo jornalismo, escritores e jornalistas, quando aceitam que seus conteúdos sejam portas de entrada de clientes para negócios, tornam-se profissionais com um desempenho imbatível.

Esta é a 1ª parte de um estudo em 7 capítulos, O Novo Jornalista, que fala sobre a opção de jornalistas e escritores trabalharem como profissionais de marketing de conteúdo, jornalistas de marcas, de dados, ou, ainda, partirem para o empreendedorismo. Conheça o novo Jornalismo.

  1. O Novo Jornalista: Profissional de Marketing de Conteúdo x Jornalista de Marca (esta)
  2. Comparação entre Jornalismo e Marketing de Conteúdo
  3. Características e Objetivos de Jornalistas e Profissionais do Conteúdo
  4. Jornalistas de Marca: Por que as Empresas Estão em Busca de Autores e Jornalistas?
  5. Preconceitos dos Jornalistas Com o Trabalho Com Marcas e Marketing
  6. Por Que Ser Jornalista de Marcas ou Profissional de Conteúdo?
  7. Como Ser Profissional de Marketing de Conteúdo ou de Marcas

Formação e a Empregabilidade

Vamos pensar em empregabilidade? Eu, por exemplo, estou passando por essa fase, não diretamente, mas com meu filho. Penso que ele, hoje com 17 anos, terá, no seu futuro, trabalhos e não um emprego. Isso, porque, em breve, penso, empregos serão coisa do passado.

Meu filho se interessa por vídeos e fotos, escreve bem e gosta de pesquisar novos assuntos. Como curso superior escolheu tentar Comunicação/Jornalismo, um curso que o preparará para trabalho em áreas de seu interesse.

Acontece, porém, que nesse caminho, ele deve perceber que o momento é de transição.

Empregos formais e cursos históricos tendem a ser cada vez menos representativos no futuro profissional dos jovens.

Em termos de estudo formal, passei por 4 cursos diferentes (Matemática, Informática, Estatística e Análise de Sistemas) para me formar em um 5º, Administração. Aos 48 anos publiquei a MarketingDigital.com.br e me tornei profissional de conteúdo, sem ter passado por curso formal diretamente ligado a conteúdo ou marketing digital. O digital permite coisas incríveis.

E desde então foram muitos os alunos, leitores e seguidores que bancaram minha aposta. Hoje atinjo milhares de pessoas com meu conteúdo, tenho mais de 125 mil seguidores nas redes sociais e tudo isso a partir da oferta conteúdo positivo, original e relevante.

Assim, enganam-se os jornalistas e escritores que pensam que essa oportunidade de reinventar a empregabilidade é prerrogativa exclusiva dos jovens. Essa reinvenção para o Empreendedorismo baseado na oferta de conteúdo mudou não apenas minha forma de trabalhar, mas a minha vida.

Não seria a hora de você reinventar sua vida profissional? Permita-se saber mais sobre o que proponho.

Quer conhecer o conceito de novo jornalista?

Se não tenho, diretamente, ligação com o Jornalismo, meu trabalho com empreendedorismo, marketing digital e produção de conteúdo justifica meu interesse na relação velho jornalismo x novo jornalismo, principalmente agora, com a escolha da área de estudo do meu filho. E é por identificar a dificuldade dos profissionais das mídias tradicionais que torço para que ele considere a possibilidade de ser um novo jornalista.

Quero, como pai, que já que não está nos planos das escolas de jornalismo atualizarem o curso, que ele entenda e aceite que há novos caminhos, novas possibilidades. Tomara que ele se torne um jornalista 2.0, um jornalista digital, ou seja um novo jornalista.

Minha relação com o jornalismo começou um pouco antes. Produzi um curso de marketing de conteúdo com o Rafael Rez e vários dos alunos eram jornalistas e escritores. Nosso curso não ensinava as pessoas a fazer jornalismo ou a escrever, mas como usar o conhecimento que eles já tinham em outros meios, e com outros fins. Grande parte dos seguidores das minhas redes sociais também produzem conteúdo.

Para muitos, a descoberta das possibilidades digitais e do empreendedorismo apresentou-se como uma alternativa bem interessante. Foi gratificante ser o instrumento dessa mensagem.

Isso ilustra as possibilidades de nossa análise, a chance de se ter um plano B no empreendedorismo ou passar por uma eventual mudança de carreira ou indústria.

Sei que tenho o perfil típico do profissional eleito para ser desprezado por jornalistas e escritores de formação, o blogueiro, mas peço que me deem o benefício da dúvida. Conto com 2 características imprescindíveis aos profissionais do conteúdo, a disposição de ouvir opiniões possivelmente diversas da própria, e a capacidade de interpretar o momento, para apresentar minha perspectiva.

O que é ser profissional de Marketing de Conteúdo?

No meu currículo no LinkedIn coloquei que sou CCO – Chief Content Officer. CCO seria o profissional que determina objetivos e linha editorial, além de fazer o planejamento de Marketing de Conteúdo.

Este é trabalho com o carimbo de digital, que não existia há poucos anos. Pesquisando, a fim de encontrar uma forma mais didática de explicar essa nova possibilidade, encontrei 2 excelentes conteúdos (em inglês).

  1. O primeiro foi um artigo de Sonia Simone, conteudista da Copyblogger, americana, falando da diferença entre um escritor ou jornalista e um profissional de marketing de conteúdo – What’s the Difference Between a Professional Writer and a Content Marketer? Seria algo como a diferença entre o jornalista/escritor tradicional e novo jornalista/escritor.
  2. O outro foi um whitepaper da Newscred, empresa inglesa – The Rise of UK Brand Journalist (A ascensão dos jornalistas de marca no Reino Unido). Neste estudo eles entrevistaram 50 profissionais de marketing de conteúdo e 50 de jornalismo para marcas.

Como todo (bom?) conteúdo, acabei expandindo o assunto para além da ideia inicial: definir as atribuições do CCO. Produzi uma série sobre a diferença entre ser jornalista ou escritor e ser profissional de marketing de conteúdo ou jornalista de marca e, como bônus, apresento a possibilidade do empreendedorismo digital.

Antes de ler os textos que mencionei, eu pensava que a resposta era simples. Sob a análise do novo jornalismo, a diferença entre jornalistas e profissionais de marketing de conteúdo era o marketing.

Estou tão envolvido com isso que, o que me parece óbvio, pode não ser tão claro para escritores, jornalistas e outros profissionais com formação semelhante. Assim, quero, com esta série, esclarecer ou apresentar essas novas possibilidades para os que trabalham com palavras, imagens, vídeos, sons ou qualquer forma de produção de conteúdo.

Novo Jornalista x Jornalista Tradicional. As diferenças mais afastam ou aproximam?

Em sua excelente definição, Sonia Simone diz que:

“Marketing de Conteúdo é a criação estratégica de conteúdos, em diversos formatos, a fim de passar uma mensagem interessante e relevante para um (potencial) cliente, ao mesmo tempo em que pavimenta o caminho de uma venda”.

Perfeito. Gosto da forma como se fala de venda nos Estados Unidos, sem o pudor que é comum no Brasil e um tabu no Jornalismo. Ela continua: “bom conteúdo sempre exige uma boa escrita, mas os elementos de estratégia e estrutura utilizados devem trabalhar como marketing, para redundarem em valor para o negócio”.

Primeiramente, marketing de conteúdo é, sim, usar conteúdo para vendas. E, sim, eu sei como isso soa agressivo para muitos escritores e jornalistas. Jornalistas foram treinados para não vender, ou melhor, não produzir conteúdo tendo como um dos objetivos a venda. As vendas aceitas seriam a do posicionamento apresentado no conteúdo ou da linha editorial da revista, TV, jornal…

Escritores também tendem a dificultar essa decisão, porque têm uma relação quase paternal com seus conteúdos, e isso costuma inibir ofertas.

Entretanto, para quem contrata profissionais de Marketing de Conteúdo, acreditem, jornalistas e autores, esse pé atrás com a venda é um qualidade. Isso porque é difícil convencer escritores e jornalistas a superarem o pudor de vender, mas é mais difícil ainda tentar frear os excessos das “pegadas comerciais” de profissionais com outras formações.

Escritores e Jornalistas talvez não saibam, mas vocês já estão prontos para a mudança para o novo jornalismo

A mudança de indústria desses profissionais vem acontecendo, igualmente, em outras frentes, um novo tipo de jornalista está aparecendo.

Quer mais exemplos da migração de jornalistas que perceberam essa tendência para outras áreas? Eles:

  • Tornaram-se apresentadores nas TVs aumentando, assim, seus ganhos com essa mudança, pois jornalistas normalmente não podem fazer publicidade.
  • Resolveram empreender e viraram blogueiros, vlogueiros, enfim criaram seu próprio canal de comunicação.
  • Abandonaram o jornalismo para se tornarem influenciadores digitais.
  • Trocaram o jornalismo pela política.

Usar conteúdo como ferramenta de marketing não é errado, nem necessariamente um desvio de seu juramento. Até porque o trabalho de escrever para um negócio não é jornalismo.

De forma enfática, Jornalismo não é Marketing de Conteúdo e Marketing de Conteúdo não é Jornalismo. Em igual sentido, Jornalismo de Marcas, apesar do nome, não é Jornalismo. Mais à frente falo mais sobre denominações imprecisas no novo jornalismo.

Na próxima parte apresento um quadro comparativo entre os trabalhos de jornalista tradicional e de conteudista para fins de marketing, o novo jornalista. Siga.

Co-fundador da MarketingDigital.com.br, Alex Moraes é especialista em Marketing Digital. Após diversas conquistas na prestação de serviços na agência digital de seu irmão, o designer Anderson Moraes, mudou o foco da empresa, a Clicktime Marketing e Design, para a educação. A MarketingDigital.com.br é um hub de troca de informações, com muito conteúdo próprio e de parceiros, glossário, guia de prestadores de serviços (agências e profissionais), agenda de cursos e eventos e tudo mais que se refira a Marketing Digital.

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